domingo, 21 de setembro de 2008

Clima de "conclusão", mas nem tanto...

Dia 06 de setembro de 2008, realizamos o nosso último encontro aos sábados. Na oportunidade, aplicamos um questionário aos professores colaboradores, fizemos uma auto-avaliação dos nossos estudos, agendamos outros momentos para efetuarmos a elaboração de uma "proposta/sugestões" de avaliação formativa permanente e, por fim, tivemos até entrega de certificados aos professores colaboradores da pesquisa. Estávamos "concluindo" os nossos momentos de estudo e reflexão aos sábados, mas cientes de que isso não seria o fim... Apenas os momentos presenciais do grupo deixariam de existir, mas que nossos contatos não terminariam ali.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Textos que estudamos durante os encontros

A priori, iniciamos nossas reflexões/interações, mediante as aulas observadas, levando em consideração questões do roteiro de observação e/ou questões que os levassem a pensar... Trabalhamos o texto: Reflexões sobre o cotidiano na sala de aula (Lino de Macedo). Na seqüência estudamos o texto: Os diários de classe dos professores (Miguel A. Zabalza). A posteriori, passamos a discutir os seguintes textos: Incursionando pela teoria da avaliação educacional (Saul); Contemplando os escritos de quem estuda a avaliação (Queiroz); Um olhar sobre a avaliação hoje (Alice Romeiro); Concepções de avaliação (Queiroz). Avaliação formativa – novas formas de ensinar e aprender (Barreira, Boavida & Araújo).
Ainda entregamos ao grupo: a Portaria de Avaliação Municipal; os Critérios de avaliação contidos nos PCNs (Introdução aos parâmetros curriculares nacionais e os critérios por área de conhecimento dos PCNs – cada partícipe da pesquisa recebeu o texto do Introdutório e de sua área de conhecimento).
Neste último encontro discutimos o texto: A reprovação (Brasil, 1996), e as chamadas abaixo:

Nas últimas décadas mudamos como categoria. Estamos em condições de perceber melhor que quando reprovamos e retemos um aluno nos reprovamos como humanos. Em cada ação, escolha ou prática escolar nos colocamos em jogo, percebemos que estamos julgando seres humanos com as mesmas lógicas seletivas e excludentes com que nos descobrimos julgados e excluídos. Descobrimos que reprovamos mais do que um aluno em nossa matéria. Reprovamos um ser humano homem, mulher, criança, adolescente, jovem ou adulto trabalhador ou trabalhadora em seu percurso social e cultural: sua auto –imagem, sensibilidades, identidades, projetos de vida, emoções, afetividades. Mexemos em sua identidade social, coletiva, em seus processos de formação. Como reprovar e reter esses delicados percursos humanos em que cada criança e adolescente se formam e dormir tranqüilos?
Arroyo apud Paro.

CHAMADA À AÇÃO

Você sabia que, de cada três trabalhadores brasileiros, só um tem diploma de 8ª série? E que, de cada 1000 crianças na escola, só 330 terminam o 1º grau? Você sabia que apenas 4,5% dos alunos realizam a proeza de chegar a 8ª série sem repetir nenhuma vez? E que a repetência engole, a cada ano, 2,5 bilhões de dólares que poderiam estar sendo investidos em melhores salários para os professores? Mas será que é mesmo necessário reprovar alunos todos os anos? Vamos pensar juntos sobre isso!
(Rosimar, sexto fascículo/ suplemento da revista Nova Escola – 1999).

A avaliação é necessária, mas para formar aprendizes sempre, zelando pela dignidade, segurança, liberdade e confiança que precisa ser depositada no ser. Para tanto, faz-se necessário que ocorram relações amplas e intensas, não apenas pedagógicas, mas afetivas, considerando valores, dimensões humanas que exigem sensibilidade e uma relação pessoal do professor com o aluno.
(...)